segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A solidão...


É sempre bom voltar ao passado, a caixa das lembranças, lembrar do que passou e reviver sentimentos. Hoje, comecei a organizar mais uma das minhas muitas bagunças, que nada mais são do que registros descritos em papel do como era o meu passado. Pensamentos diversos guardados em pedaços de papéis para que eu nunca me esquecesse do que passou.

A data é 27 de março do ano de 2002, utilizando as figuras de linguagem [aliteração, antítese, metáfora e outras - Mas não me pergunte hoje o que são... (risos)] produzi um texto poético, onde predominava a função emotiva da linguagem, o qual a nota foi "dez":

"Hoje, ao caminhar pelas areias da praia
Refleti o que passou
Respirando ofegante, por que caminhei,
Sem parar e sem pensar em quanto tempo já se passou...
Parei para descansar
E comecei a observar o mar
Naquele vai e vem
No bater das ondas nas rochas
O vento me confortava

Escureceu, o sol se foi
Logo vi que as estrelas eram as luzes que iluminavam o céu,
Mesmo que ele estivesse escuro
Como um quarto fechado
Que com uma pequena fresta
Um raio de luz penetrava
Mostrando a poeira que ali se encontrava

Percebi que por ali, permaneci por mais algum tempo
Esperando a hora passar
Mas como eu estava sem relógio
Não me importei

Esperei que mais uma vez a lua e sua constelação de estrelas se fossem
Para que o sol pudesse novamente nascer
Para eu enfrentar mais uma vez
Mais um dia sozinho
Sentindo a dor da solidão e de amar alguém

O vento voa
E muitas vezes o tempo também
Passa como um flash ou como um vento forte que bate
Mas que só não bate
Como o ponteiro de um relógio que faz tic-tac...

Às vezes me pergunto
Porque o tempo existe?
Às vezes quero que o tempo pare
Mas, porém, se ele parar
Eu vou me atrasar para lhe encontrar!"

Pode parecer um pouco piegas ou meio brega, mas gosto de me lembrar o que se passava pela minha cabeça há mais ou menos 11 anos atrás.

Zhé Lopes

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